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Segunda-feira sem carne…

 

Segunda-feira sem carne. Sem frango. Sem peixe. Sem ovos. Sem iogurte, queijo branco, alface, tomate, azeitona. Segunda-feira sem coisa alguma.

Dieta do jejum intermitente? 
Não, amigos.

#Vou_tecontar que foi a diarista.
Se ela comeu tudo o que eu tinha em casa?
Não, amigos.

Ela deixou a geladeira FORA da tomada.
Na quinta-feira. 
Com esse calor de Lúcifer.
Magina?
Virou estufa.

Cheguei ontem (72 horas depois), aquele cheiro.
Duas horas pra limpar. 
Sangue (sim, tinha carne congelada), suor e lágrimas – de desgosto.

Perdi tudo.

Inclusive as marmitas congeladas da mamãe. Aqueles potinhos que acolhem a alma em dias difíceis, o carinho que te abraça aplacando a fome nessa vida louca da paulicéia.

Tu-do.

Sobrou só o pó de café. Garrafas d´água e formas de gelo.

Sério.

Já tem gente sugerindo picar a diarista. 
E congelar.


Crédito da imagem: Depositphotos.com

Tem alguém aí???

Daí que depois de um longo dia de trabalho eu chego em casa, saio do elevador e encontro a minha porta aberta. Com a chave pendurada pra fora. Aberta mesmo, não apenas destrancada.

Escancarada.

#Vou_tecontar que o meu coração quase salta da boca. Mas antes salta o nome da diarista (será possível que ela ainda não foi embora?).

Nada. Só o som da TV ligada, baixinho.

Caramba, a Pixie! Cadê a minha cachorrinha?

E antes que meu coração despencasse escada abaixo, vem ela me receber.

Pego no colo. Pergunto se está tudo bem.

– Pixie, tem alguém aí dentro?
– Oi, alguém?

Nada.

Entro devagar, olho cada cômodo, ainda desacreditando na situação.

Ninguém. Nem visita nem ladrão.

Das duas uma: ou a diarista foi sequestrada após deixar tudo em ordem ou ela foi embora habitualmente às 16h30 e esqueceu a minha porta totalmente escancarada.

Sim. Porta aberta, chave pra fora, tudo à disposição e a Pixie livre pra passear pelo prédio e chegar até a rua.

Ainda não processei o acontecimento. Só tô agradecendo que minha floquinha é boazinha.


Foto: arquivo pessoal.

Eu só queria a minha Colgate

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E #vou_tecontar que não é merchan, é verdade.

Passada a meia-noite de um dia longo, do tipo que vira outro sem nem terminar. Momento “agiliza”, toma remédio, escova os dentes e desmaia até o sol raiar, ou o despertador tocar.

Pois queria.

Já meio de olhinhos fechando botei a Colgate Sensitive pra trabalhar.

Reforço: não é publicidade, é sensibilidade mesmo.

Pois era tchuque tchuque pra um lado e tchaque tchaque pro outro, quando começo a achar que a escova de dentes tá muito dura. Arranhando a gengiva, o cabo maior. Abro os olhos, tudo parece normal. De novo. Tchoft tchoft e não é possível que minha boca esteja tão sensível, gente! Paro tudo. Olho pra escova. Lavo a escova. Olho outra vez. Essa escova de dentes é minha? Poderia não ser? Fico olhando pra escova atentamente. Tá muito arregaçada, minha escova não é assim. E minha escova não é dessa cor. E minha escova da vez é uma Colgate, e essa escova não é Colgate.

 Juro que não tô ganhando nada da Colgate pra mencionar a marca três vezes (e no título), juro! Até prefiro a Curaprox, fica a dica se vc tem dentes sensíveis.

Desconfiada daquelas cerdas desencontradas, peguei uma escova nova no armário e separei a esquisitinha. Recomecei o processo do tchuque tchuque, escova na boca e cabeça voando. Que raios, eu moro sozinha, quem trocou a minha escova de dentes? E mais: de onde é que saiu essa porcaria velha? Repassei mentalmente o dia: trabalho, mercado, diarista, banco e… DIARISTA… será? Diarista, sim. Diarista, que merda. Diarista, só pode. Diarista, que ódio. Diarista, não acredito que ela fez isso comigo. Diarista, mas como? Nem precisei ser Sherlock. No tanque de casa tem uma escova de dentes pra limpeza. Uso pra lavar pias, ralos e locais que exigem atenção aos detalhes. Porque o diabo da sujeira mora nos detalhes, não é assim? Então. Elementar, meu caro leitor, a diarista fez o favor. O favor de trocar a minha escova de dentes com a escova do tanque. Ou seja, com a escova da pia, do ralo, dos detalhes, do diabo da sujeira. Sim, a escova que eu tinha ACABADO DE USAR pra LIMPAR os meus dentes SENSÍVEIS era a escova da pia, do ralo, do diabo das cinco milhões de bactérias, do sapólio, da cândida. Só isso. Depois fui ao tanque. Lá estava a minha Colgate. Macia, bela, formosa e ao lado do sabão de coco. *&¨$#%@”^!!!!!

“Eu MATO a diarista”.

Acho que eu falei isso umas cem vezes enquanto pensava nos efeitos da escova de limpeza na minha boca. E (re)escovei os dentes umas três vezes seguidas com a escova nova e muita Colgate enquanto pensava na pia, no ralo, no diabo das cinco milhões de bactérias, no sapólio, na cândida. E bochechei com Colgate enxaguante bucal sem álcool por 180 segundos enquanto pensava se vou ter uma septicemia ou ficar banguela. Alguém tem um antibiótico aí?

Terceiro produto mencionado, avisa a Colgate-Palmolive Company que eu mereço pelo menos um kit. Mas não vale incluir sabonete Palmolive, tenho alergia.

 

 “Eu MATO a diarista”.

Alguém aí sabe se trocar a escova de dentes da contratante dá justa causa?

“Eu MATO a diarista”.

Deixa ela voltar semana que vem. Deixa.

 


Foto: netdentista.com