Barata voa. E apavora

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Noite quente em São Paulo. Janelas escancaradas e eu bonitinha respondendo e-mails.

Eis que… uma barata entra pela janela.

Feia e gigante. Apavorante.

#vou_tecontar que a invasora se instalou na parede lateral.

Susto.

Olhei pra ela e pensei rápido, muito rápido: cadê o telefone, vou chamar o zelador.

Mas o telefone estava longe de mim – perto dela. E eu, descalça, desarmada.

Ela bateu as asas barulhentas e veio com tudo na minha direção, em linha reta, na altura do meu rosto, num ataque frontal.

Gritei e pulei da cadeira – não necessariamente nessa ordem. Dois metros em um segundo. Não lembro da última vez que dei um berro assim, a plenos pulmões.

Me senti a louca do oitavo andar, mas só depois. Antes, peguei o veneno e descarreguei com vontade ma barata. Mesa, cadeira, chão, parede… perseguindo a agonia da intrusa mal educada até seu último mexer de antenas.

E o cadáver está lá, no cantinho.

Agora sim, me sinto a louca do oitavo andar.

Com medo da família da Dona Barata vir reivindicar o corpo.

 


A foto que ilustra o texto me foi enviada por pelo menos três amigas depois que eu contei essa história. Desconheço a fonte, mas agradeço a inspiração. 😉

 

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