Daí que depois de um longo dia de trabalho eu chego em casa, saio do elevador e encontro a minha porta aberta. Com a chave pendurada pra fora. Aberta mesmo, não apenas destrancada.
Escancarada.
#Vou_tecontar que o meu coração quase salta da boca. Mas antes salta o nome da diarista (será possível que ela ainda não foi embora?).
Nada. Só o som da TV ligada, baixinho.
Caramba, a Pixie! Cadê a minha cachorrinha?
E antes que meu coração despencasse escada abaixo, vem ela me receber.
Pego no colo. Pergunto se está tudo bem.
– Pixie, tem alguém aí dentro?
– Oi, alguém?
Nada.
Entro devagar, olho cada cômodo, ainda desacreditando na situação.
Ninguém. Nem visita nem ladrão.
Das duas uma: ou a diarista foi sequestrada após deixar tudo em ordem ou ela foi embora habitualmente às 16h30 e esqueceu a minha porta totalmente escancarada.
Sim. Porta aberta, chave pra fora, tudo à disposição e a Pixie livre pra passear pelo prédio e chegar até a rua.
Ainda não processei o acontecimento. Só tô agradecendo que minha floquinha é boazinha.
Foto: arquivo pessoal.